quarta-feira, dezembro 20

Setecentos Quilômetros: a Vontade e o Cabideiro - CAP. 05

Capítulos anteriores: 01; 02; 03; 04


Ás de Copas
No dia seguinte sobe uma difícil montanha, e no topo vê um castelo.


CAPÍTULO 05


- Quem vem lá, das terras do Imperador?
- Heptúnio, o filho do ferreiro. E muito longe de sua morada.
- Possui um salvo-conduto, ou invadira as terras dele?
- Aqui está uma carta de próprio punho do Imperador.
- Me desculpe, me desculpe. Não reconheci tão nobre criatura em roupas de viagem... Levarei o senhor imediatamente ao rei de Copas.

Graças à carta que recebera do Imperador, Heptúnio conquistara honras de nobre no Reino de Copas. Foi apresentado ao rei e à rainha, contou sua missão e ganhou a confiança e carinho de todos. foi convidado a passar sete dias no reino, para descansar de sua viagem.

- Marseille! Venha até mim!
- Em que posso ajudá-lo, meu pai?
- Heptúnio: esta é minha filha, princesa Marseille. Ela te acompanhará nestes sete dias para apresentar todo nosso vasto e orgulhoso reino.

Por um momento, Heptúnio desfaleceu em pensamentos. Nunca vira uma moça tão linda em sua vida. Parecia uma visão. Algo fantástico. Algo élfico. De tez alva, destacava o bem cortado vestido de veludo carmim, chamando atenção aos cabelos vermelhos e aos cristalinos olhos azuis. Emanava um perfume que alqueires de flores nunca haviam recendido, e falava com a voz aveludada que somente um anjo possuiria. Seu sorriso era algo elemental, forte, que parecia envolvê-lo como um apertado abraço. Apaixonou-se perdidamente pela princesa do Reino de Copas, e por sete dias desejou nunca mais sair dali.

Mas todas as coisas boas sempre terminam um dia. Despediu-se chorando de seu amor, como se estivesse indo para a guilhotina, sem nunca mais poder vê-la. Marseille disse que esperaria por toda a vida o seu retorno, pois desejava ser chamada um dia de sua rainha. Heptúnio disse a mesma coisa em outras palavras, e seguiu o seu caminho, cabisbaixo, pesado, e com uma sensação vazia no peito, como se seu coração tivesse ficado, ali, nas mãos de sua futura esposa.

Uma difícil descida. Pedras soltas, galhos e espinhos por toda a parte. Parecia que tudo colaborava para que sua tristeza e a Vontade de retornar aos braços de seu amor aumentassem. Parecia que nunca havia saído dali, pois a caminhada estava dura, pesada, atropelada, dorida. Tropeçou pela primeira vez, desde que iniciara seu trajeto. Ficou por alguns minutos chorando pelo tornozelo, pelo joelho ralado, pelo coração despedaçado. Nisto, alguém cruza o seu caminho.




CONTINUAÇÃO 01
Heptúnio conversa com um homem muito forte, que lhe dá conselhos e otimismo.

CONTINUAÇÃO 02
Heptúnio vê um carro puxado por cavalos, e tem uma esclarecedora conversa com seu condutor.


AGORA É A SUA VEZ!
Escolha entre a continuação 01 e 02, e aguarde: na próxima quarta-feira, mais surpresas em Setecentos Quilômetros: a Vontade e o Cabideiro - Capítulo 06!

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12 Quimeras:

@ dezembro 20, 2006 11:53 AM, Blogger André Lasak disse...

NAIPE DE COPAS

Elemento: Água
Verbo: Calar (Signo Fixo: Escorpião)
Estação: Primavera
Elemental: Ondinas
Plano Humano: Emocional
Função Psicológica: Sentimento

O Naipe de Copas está ligado ao amor. Assimilar, absorver, compreender, aceitar e aprofundar as coisas da vida é a proposta. Nesse sentido, a vida estabelece uma profunda ligação com o coração, onde a natureza humana se encontra confortavelmente sustentada pelo amor, pelo carinho, pela arte sutil de aprendermos na família, no seio da relação afetiva, no contraste psicológico do ser. Há um refinado plano de desejos, diferente de Paus, onde a paixão é a marca registrada; aqui vive-se o amor pelo amor. Arte, sensibilidade, sonhos, fantasia, romantismo, inspiração, proteção e partilha podem ser encontrados nessa via. Aprender a lidar com o intrínseco e misterioso universo do coração humano e todo efeito sobre a psiquê humana é a proposta. Em Copas, o ser humano se une a outro, forma sua família, cria, refloresce e descobre que a Vida é a própria fonte da juventude.

 
@ dezembro 20, 2006 11:59 AM, Blogger Takren disse...

Bonito.

Bão, voto no número 02. Uma carroça me remete a um visual mais fantasioso e belo. Não me pergunte pq.

 
@ dezembro 20, 2006 2:02 PM, Blogger Mauricio disse...

Grande André!

Um abraço de fim de ano e muito sucesso!

 
@ dezembro 20, 2006 2:06 PM, Anonymous Anônimo disse...

Voto em dois. Heptúnio não precisa de consolo, precisa de luz.

Melhor trecho: "Ficou por alguns minutos chorando pelo tornozelo, pelo joelho ralado, pelo coração despedaçado."

Muito bonito mesmo :)

 
@ dezembro 20, 2006 2:25 PM, Anonymous Anônimo disse...

tá muito legal andré.. voto na opção 2 também!!!1

 
@ dezembro 20, 2006 3:43 PM, Blogger A czarina das quinquilharias disse...

voto no 1. pq sempre que voto no que eu quero o outro ganha, então vou votar no que num quero :P

 
@ dezembro 20, 2006 3:43 PM, Blogger J.F. de Souza disse...

Só pra destoar do povo...

Escolho a opção 1!

 
@ dezembro 21, 2006 3:49 AM, Blogger Juliana Pimentel Pestana disse...

E eu, que mesmo se todos votassem iguais, não mudaria o meu no. 2!!!
*
*
*
pq sou cabeça dura... rs

bjos

 
@ dezembro 21, 2006 11:27 AM, Blogger Juliana Marchioretto disse...

que fofo!!
voto na número 2..

beijos

 
@ dezembro 21, 2006 1:50 PM, Anonymous Anônimo disse...

Olá!
Finalmente tive tempo de ler tudo...! Rsrsrsrs!!!
Mt bom!
Escolho a cont 02!
Té +...!

 
@ dezembro 21, 2006 9:48 PM, Blogger Willians disse...

2 cara ,o amor é mais parecido com uma carroça memso...

 
@ dezembro 26, 2006 5:52 PM, Blogger André Lasak disse...

*** LIGAÇÕES ENCERRADAS! ***

CONTINUAÇÃO 01: 2 VOTOS
CONTINUAÇÃO 02: 8 VOTOS

OBRIGADO AOS PARTICIPANTES!

PRÓXIMA QUARTA, NÃO PERCA
SETECENTOS QUILÔMETROS: A VONTADE E O CABIDEIRO - CAPÍTULO 6

 

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