quarta-feira, março 21

Dez Idéis

Dez merréis não valem nada
Mais que merreca
Neste mercado de inutilidades
Toscas que existem apenas
Para se gastar mais merréis

Dez cordéis serão sempre
Cordéis quando ainda
Estiverem dependurados

Dez bordéis desativados
São muitas putas
Sem um puto nem teto

Dez tonéis vazios
São lembranças ébrias
De meia dúzia de
Pessoas que têm alguma
Vaga idéia do que foi
Aquela festa do século

Dez idéis é muito cedo
Ainda para dormir neste
Chão de terra batida
Do casebre.

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3 Quimeras:

@ março 22, 2007 10:13 PM, Blogger Unknown disse...

Massa.. gostei...

muito boa também a foto no cabeçalho do blog..

 
@ março 23, 2007 10:44 AM, Blogger Takren disse...

o poema está 10.

(realmente a fot do cabeçalho é show, quem foi o g~enio que fez isso pra vc? ehehehhe)

 
@ março 27, 2007 12:25 PM, Blogger Juliana Pimentel Pestana disse...

Ah, eu não podia deixar de comentar no poema! :-)
Seus poemas são sempre tão reais e com uma escrita forte. Adoro!!

Bjão de imã mais nova.
^.^

 

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