Insaniedades
No qual adentrei impávido
No setor hipotético daquela
Existência infame de minha
Adolescência
Soluçando impropérios silenciosos
Aos malcriados momentos
De revolta incoerente
Perpetuando a dor do conhecimento
Mais profundo velado ao
Incontentamento
Recendendo ao suor acre
Da lida no campo ardente
Das mãos corroídas
Pelos calos da enxada
Derramando lágrimas ocultas
Na tristeza amarga da pobreza
Deleitando-me quando havia um
Animal atropelado na estrada
Vasculhando pelas valas escuras
Da humanidade
Descansava sob a lua nova
Como se iluminasse meu destino
Caminhava desatino pelas
Improbabilidades
Peneirava o sangue seco
Nos terreiros de briga
Osculava a terra quando
Sentia cheiro de chuva
Masturbava uma fruta
Na solidão da noite
Agradecia aos céus quando
Sentia-me vivo
Mesmo sentindo-me morto
Perante aos mortais ditos decrépitos
Mórbida existência imaginariam
Os beatos quando avistassem
A minha carcaça perambulando
Pela campina
Sabedoria plena imaginariam
Os insanos quando admirassem
A minha luz volitando
Pela colina
Esquecido por mim imaginaria
Deus quando relembrasse
Da minha alma se arrastando
Pela marina
Procurando por um porto seguro
Dentro do mar revolto
Continuava a minha busca interminável
Pelos confins do tempo dilacerava
Meu próprio tempo
Implacável mergulhava nos vagalhões
Da realidade e me afogava
Em tua petulância salgada
Repleta de areia e vida
Morreria feliz em teus braços, serenidade...
Mas encontrei antes a desgraça:
E matei-me de raiva em tuas doces navalhas.
Marcadores: Poesia
6 Quimeras:
Meu caro amigo, a inspiração foi "arrebatadora"!!
Versos soluçantes e prontos pra soltar um grito a qualquer instante... é que esse peregrino está sempre a procura do seu ninho!
Bjos meus.
Saudades sempre.
Quando a inspiração vem, vem mesmo.
Porra, demorei pra ler o post, mas valeu a pena!!!
Ficou ótimo! Têm horas que todos temos essa vontade de se matar em "doces navalhas".
Abraços
depois disso tudo aqui mermão... desse turbilhão que enfrentei e das faíscas que lasquei... depois desse meu fim de semana tempestuoso... depois dessa desgraceira toda e das nuvens pretas á minha volta, ainda tenho que ler uma coisa dessas...
depois neguim vem lá no 'meu espaço' me pedir pra não me suicidar á mim mesma pela centésima vez... vô botá a culpa em tu muleque!
rs
Ficou maravilhoso pra não dizer PERFEITO e encher muito a tua bola!
Tu é o cara! ;-)
Beijos! ;-***
Eni.
to aqui imaginando a petulância salgada... credo.
Passei novamente para ver o seu progresso.
Parabéns, como sempre escrevendo bem.
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